8 de maio de 2006

Naquele 8 de maio...(essa foto foi tirada "nesse" 8 de maio..)

Faz exatamente um ano que soubemos da existência do nosso querido Thales. Claro que na época ele ainda não tinha nome, nem sabíamos se era "ele" ou "ela"... Alguns dias depois fizemos o primeiro ultra-som, e era até difícil aceditar que ele seria "gente" um dia...: naquela imagem borrada ele parecia mais com um filhote de ervilha.

Foi um dia difícil, confesso. Era um domingo bem cedo quando a Lis fez o exame de gravidez, tamanha a ansiedade após alguns dias de suspeita. Eu estava ansioso também, mas jamais suspeitei, de fato, que nossa suspeita se confirmasse. Confirmou-se.

O Thales não foi planejado. Mais do que nunca ter me imaginado tendo um filho, nunca tinha me imaginado sendo pai. Quando soube que seria, não sabia o que fazer. Tudo me passou pela cabeça, tudo me parecia perdido. É uma situação lamentável essa, e não desejo a ninguém.

Hoje me entristeço lembrando que aquele 8 de maio acabou sendo um dia cinzento, por minha culpa. Estraguei completamente a alegria de uma mulher que descobria sua maternidade, sem nem considerar que ela podia ter planejado aquele momento desde menina, sem nem dar espaço para sua alegria. Lamento os dias sombrios que se seguiram, nos quais o peso de uma responsabilidade para a qual não estava preparado soufocou-me demais, e, da mesma forma, minhas reações sufocaram os que estavam à minha volta, especialmente à nova mamãe.

Os meses passaram, e cada dia foi um exercício de aceitação, não da nova criança, mas da nova situação. Claro que o nascimento do Thales foi um momento único na minha vida, mas o 27 de dezembro também simbolizou para mim uma conquista pessoal em relação a essa nova vida. Foram meses difíceis, mas, vejam só, cada minuto valeu muito a pena!!!!

Hoje, um ano depois daquele domingo lamentável, só posso agradecer aos céus por tudo ter dado certo, por ter aqui comigo tanto o Thales quanto a Lis, ambos saudáveis e vitoriosos de todo o árduo e desgastante processo da gravidez, do parto e dos primeiros meses de vida.

Hoje mal posso acreditar que esse garotinho lindo aí da foto seja mesmo aquela "ervilhinha" que vi naquele ultra-som. Mal posso crer que ele seja tão saudável e esperto. O mais difícil de tudo é acreditar que ele crescerá e tornar-se-á um homem... Que assim seja! Assim será!

O Thales tem apenas pouco mais de quatro meses de vida, mas hoje ele completa um ano em nossos pensamentos. Para Lis e para mim, faz um ano que temos um filho, e essa data também precisa ser comemorada.

Devo agradecer a tudo e a todos que nos ajudaram e ajudam nessa nova vida. Mas, acima de tudo, devo agradecer à minha querida Lisandra por tanta força, tanto carinho, tanta paciência e tanto cuidado comigo e com Thales ao longo desse tempo todo, por ser uma mãe tão dedicada e uma companheira tão compreensiva. E, claro, devo agradecê-la por ter cuidado tão bem do Thales em seu ventre, entregando-o tão bem acabado ao mundo.

Naquele 8 de maio tudo começou oficialmente para nós três, e por isso essa data será sempre lembrada e festejada, e cada nova alegria que o Thales nos causar apagará uma daquelas manchas daquele dia. Afinal foi um grande dia, um dia glorioso, apesar de eu, naquele instante, não ter tido meios de percebê-lo como tal.

Fica aqui o registro dessa data e de tantos pensamentos.

Muita saúde para nosso pequenino.

(T.)

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